Quando em 1908 o Caboclo das Sete Encruzilhada anunciava, que todas as colinas de São Gonçalo, anunciariam a nova religião que estaria para ser fundada, chamada Umbanda, e divulgada pelo mesmo, Acredito que ele jamais poderia, antever que 100 anos depois da fundação da umbanda, algo tão terrível estaria acontecendo naquele local.
Muito tem-se aventado na mídia sobre o descaso público da Prefeitura Municipal de São Gonçalo, porém, entendo como um descaso maior ainda o promovido no âmbito da memória, propriedade, interesse econômico, desinteresse moral e por que não falar, contra a própria umbanda.
A família do divulgador da umbanda, em nenhum momento foi levada a responsabilidade, sendo proprietária do imóvel, pois se houve descaso das autoridades de São Gonçalo a meu ver, houve um descaso maior ainda daqueles que se dizem primaz da umbanda no Brasil. Ora senhores, sendo aquela uma propriedade resoluta e disponível para que não houvessem atos bárbaros contra a memória umbandista, bastaria de simples feita que os dignitários da posse, levassem o referido imóvel a doação espontânea a uma das uniões ou federações espíritas do Brasil.
Sendo assim, gostaria de propor a abertura dos pensamentos sobre tal ato e a análise de que se houve descaso da Prefeita Aparecida Panisset, evangélica declarada, muito mais descaso houve daqueles que se dizem familiares de um homem que donde estiver, haverá de julgá-los com a mesma medida que sua linda memória está sendo apagada pelo interesse financeiro dos seus herdeiros.
Pai Fernando D´Oxum
Babalorixá dirigente da TESL
Graduando em Direito da Universidade Cândido Mendes
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